Conversa de banheiro ;X



Para algumas pessoas pode ser totalmente comum passar por situações tensas por coisas pequenas e simples do nosso dia-a-dia. São os chamados "micos"... Pra quem gosta de ser o centro das atenções, eles são até bem vindos,  o problema mesmo é quando você é do tipo "atrapalhado(a)" e os outros não sabem disso...
Há um tempo atrás, fui a uma festa com duas amigas, e tinha tudo pra sair conforme o planejado. Mas a vida gosta de pregar umas peças, e se não fosse assim, não teríamos histórias para contar, ou seja, eu não estaria aqui contando essa para vocês. Todas vestidas e devidamente maquiadas, hora da festa! Tudo bem organizado, decoração impecável, e o vestido da aniversariante, lindo. Mas alguns convidados não estavam muito satisfeitos, é claro, eram adolescentes, e desde quando essa espécie está completamente satisfeita com alguma coisa? Estávamos na mesa dos ditos cujos quando eles resolveram quebrar o tédio e o alvo mais próximo era o inocente arranjo de flores da mesa . Depois que foi passado de mão em mão, uma das moças da organização resolveu tirar o arranjo de perto da gente, e lá se foi nossa distração, agora com algumas flores a menos... Depois das flores, salgados estraçalhados e muita vergonha na cara, eu e minhas duas amigas decidimos ir ao banheiro.
Como todos sabem, festa de 15 anos não é perfeita se não houver contratempos, e esse é o tipo certo de festa onde a galera paga muito mico, tipo, esbarrar no garçom fazendo ele derrubar toda a bandeja de bebidas no chão e seu melhor amigo escorregar na poça enquanto executava um moonwalk perfeito.
Entramos no banheiro e, como toda adolescente normal, corremos para frente do espelho. Enquanto me concentrava em fechar o sutiã problemático de uma das minhas amiga, algo chamou a atenção da outra. No canto da pia, tinha uma cestinha rosa cheia de objetos curiosos. Ela como a observadora discreta que é, já foi logo puxando a cesta e gritando pra os quatro cantos um sonoro “O que é isso?”, e por um momento deixamos o sutian de lado para darmos início à saga dos "objetos nem tão desconhecidos".
— Ah, absorventes! — exclamei.
— Do mais barato que tinha no mercado, — riu a garota do "sutiã problema". — Meu Deus, nem pra comprar absorventes descentes!
— Fala, sério, sua louca! Você acha mesmo que eles iam gastar com absorventes? — indaguei.
— Ah, nas outras festas que eu fui, tinha absorvente do bom, embora que eu nunca precisei usar, mas além dos absorventes tinha chapinha, secador, maquiagem... — Respondeu.
— Ei galera, olha isso... — gritou a outra, que segurava um pacotinho rosa nas mãos  — pra que serve?
 Peguei o pacote e li o que tinha escrito na embalagem.
— Ah, são lenços umedecidos, serve pra limpar o...
— AH! — fui interrompida pelo suspiro de revolta dela. — Porque aqui não tem camisinhas? — com a sobrancelha arqueada, ela cutucava a cestinha com o dedo indicador.
— Pra que você quer camisinhas aqui? Você nem precisa disso! — disse rindo, mas depois fiquei séria — Você não precisa, precisa?
— Ah, claro que não! — ela disse de imediato —Mas imagina se alguém lá fora precisa!
— Olha, amiga — disse a garota do sutiã, consolando a outra — Pense pelo lado bom, pelo menos não vão fazer isso no banheiro feminino!
— Aliás, se é pra ter camisinha, que seja no banheiro masculino! — disse eu, enquanto as duas caiam na risada.
Nosso momento de idiotice extrema foi interrompido por um barulho vindo da cabine ao lado da pia. Ficamos estáticas. Tinha alguém ali. Alguém tinha escutado nossa conversa. Pânico? Ah, não até sabermos quem era.
— Ãn... Meninas, será que vocês poderiam me passar os lencinhos que estão na cestinha? O papel higiênico acabou.
E ai, reconhecemos a voz da mãe da aniversariante. Agora sim: CORRE!
Saímos correndo do banheiro e deixamos a mulher lá, sem papel, sem lenço, apenas com nossas reivindicações pelo conteúdo da cestinha rosa . Uma coisa era certa, mesmo que ela conseguisse algo para se limpar e pudesse sair do banheiro, essa mulher jamais convidaria a gente pra outra festa. Mas tudo bem, era só evitar beber muito refrigerante, pra não ter que ir lá novamente, e tudo certo. Ninguém saberia disso.
— Nossa, que tenso! Não sei por que as pessoas insistem em ter esse tipo de conversa no banheiro... — A garota do sutiã, agora com ele parcialmente fechado, ia falando enquanto andava de costas para poder olhar para a gente.
— Amiga, CUIDADO! — gritei enquanto ela se aproximava do enorme vaso de vidro perto da mesa de balas.
Ela se virou a tempo, ficando do lado da mesa, a centímetros do vaso. Mas para nossa infelicidade, o sutiã que nos esquecemos de fechar completamente resolveu se revoltar e soltou todo de uma vez, e na tentativa falha de segurar o que nunca deveria cair, ela bateu no vaso com o cotovelo, agora ele não passava de pilhas de vidro no chão, e todos os convidados olharam em nossa direção de uma só vez.
É galera. Hora de ir para casa.
                                                                                                                     Fim de Festa.      

7 comentários:

  1. oiaoioaioiaioa' muito divertido.
    Só assim pra ter noção do que as meninas conversam tanto no banheiro U.U
    Gostei daqui xD Visita-me? ;*

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  2. Olá Heitor, fico feliz que tenha se divertido com o post! kkkkk'
    obrigada pela visita, espero vê-lo mais vezes por aqui, haha
    e pode deixar, visito vc sim :D
    beijos :*

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  3. kkkkkkkkkkkkkkk vou fingir que não sei com quem aconteceu isso... ú.ú o melhor post até agora *-*

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  4. HAUSHUASHU Gosh, que tenso toda a estória! Primeiro a gafe no banheiro, como as meninas deixaram a mãe da dona da festa sozinha, sem lenço nem nada?! Que maldade! HAUSHUASH E depois o vaso quebrado, meu Deus, deve ter sido embaraçoso no momento mas depois deve arrancar boas gargalhadas!

    Beijos ><
    http://mon-autre.blogspot.com/

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    1. kkkkkkkkkkk, pois é, a vergonha foi maior do que o bom senso! haha, obrigada pela visita õ/

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  5. AWN QUE LEGAL. :)

    Segue?
    http://historiasdeumcloset.blogspot.com.br/

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